O desencantamento dos poderes e alienação de nossas universidades


O desencantamento nada mais é do que uma nova leitura do mundo e das coisas em confronto com a concepção dominante.

Os meios de comunicação de massa e, particularmente, as mídias sociais quebraram o encantamento dos poderes constituídos e por consequência fulanizaram as autoridades dando publicidade aos seus comportamentos e atos relativos às suas decisões no executivo, legislativo e judiciário. Os holofotes e o acesso a estas condutas deram transparência aos poderes, potencializando o ativismo dos cidadãos que no primeiro momento comportam-se como justiceiros matando e esfolando o outro como se fossem o senhor dos fatos e da verdade.

Estas manifestações são históricas quanto à construção do conhecimento resultando de imediato na negação de determinado domínio que o Estado e seus poderes exercem sobre o povo fazendo crer que os mandatários agem de forma sacralizada acima do bem e do mal. O desencantamento nada mais é do que uma nova leitura do mundo e das coisas em confronto com a concepção dominante às vezes orientado por uma postura cética, cínica e crítica tal como um iconoclasta a demolir os atores de seus pedestais desmanchando-se no ar.

Tecnicamente, os estudiosos chamam de quebra de paradigma a exigir dos pensadores em processo a formulação de uma nova teoria amparada numa metodologia específica iluminada por conceitos e estratégias capazes de catalisar a leitura dos fatos com objetividade e racionalidade. Em se tratando do Direito e da Política é importante focar na Forma de Governo operante como é o caso da Democracia que se funda na Liberdade e nas forças da lei tendo por fim a consecução da Justiça.

No Brasil, o entrave maior para o desenvolvimento da ciência do conhecimento é a invisibilidade das universidades quanto à sua produção referente à verdade efetiva das coisas, sendo vista a distancia do processo de forma alienada descompromissada com o presente e o futuro do Brasil, em particular a nossa Amazônia, o que representa atraso e um baita retrocesso no reordenamento jurídico-político do nosso País. Esta prática política favorece, sobretudo, o domínio das oligarquias e de lideranças populistas nas instancias de poder tementes as mudanças e prisioneiros de um passado historicamente insustentável para o presente e futuro da Nação.

Ademir Ramos
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