A direita iluminista não entrou na onda do Bolsonaro

NESTA CONJUNTURA CIRO GOMES DESPONTA COM UMA POSSIBILIDADE VIÁVEL PARA 2022 A ENFRENTAR “CHUVAS E TROVOADAS”.


 Ademir Ramos (*)

O governo Bolsonaro tem se agarrado em duas colunas, a do liberalismo corporativo neocolonial e na ordem militar para operacionalizar o projeto que tanto o governo como os seus agentes do front não sabem para onde vai.

A direita iluminista aqui qualificada como adesista do aparelhamento do Estado para a realização de sua política econômica de forma enviesada se acertou com o banqueiro Paulo Guedes, então ministro da economia, apostando que o Bolsonaro, como um zero a esquerda, pudesse ser presa fácil do seu querer e vontade.

O tiro saiu pela culatra, Bolsonaro com a caneta na mão virou o Golias também da direita e tem buscado muito mais abrigo no campo religioso dos neopentecostais para dar sustentação ideológica aos seus projetos visando agradar os apaniguados desde que em nenhum momento representem algum entrave na sua trajetória eleitoral.

Nesta onda Bolsonarista, a inteligência da direita não confia no governo e por isso tem se fingida de morta até encontrar outro quadro a quem possa depositar sua confiança.

Para eles não interessa a origem de classe deste novo agente, o que importa é que o gato coma o rato, promovendo mais e mais a saúde da direita enquanto a desigualdade social torna-se cada vez mais perversa matando de fome e sem oxigênio os brasileiros dependentes do sistema único de saúde.

Com o alinhamento das mesas da Câmara e do Senado Federal ao governo Bolsonarista esta direita vetusta respirou mais aliviada pensando que dessa feita poderá quem sabe “fazer passar a boiada” aprovando os projetos de reforma tributária, administrativa e projetos afins.

O fato é que tanto a direito iluminada quanto esquerda satélite do Lula tem vindo a reboque do Bolsonaro basta-nos ver o imbróglio que foi a eleição no Congresso Nacional para deduzir o que e como será as próximas eleições pautadas pela mórbida política pós-pandemia.

Destaca-se neste contexto, a candidatura de Ciro Gomes (PDT), que se bem trabalhada pode verticalizar o diálogo com a direita esclarecida chamando para si a responsabilidade de convencer à extrema esquerda de formar um bloco centrado na unidade programática focado na saúde econômica do Brasil e do seu povo com prosperidade e desenvolvimento.

Tudo é possível desde que o soberano poder popular seja convencido do melhor para o Brasil.

(*) Professor, antropólogo e coordenador do Projeto Jaraqui e do NCPAM da UFAM.

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