Meliponicultores de Rio Preto da Eva (distante 57 quilômetros de Manaus) foram contemplados pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) com oito colônias e 20 caixas vazias para a criação de abelhas sem ferrão. O material, que deve beneficiar 16 agricultores familiares atuantes na produção de mel e produtos derivados, será utilizado na implementação da Unidade Demonstrativa (UD) de Meliponicultura no município.
Com as colônias e caixas entregues na sexta-feira (10/05), a expectativa é que as atividades na UD, localizada no sítio Ebenézer, do produtor Valter Gonçalves da Silva, devem ser impulsionadas, segundo o técnico da Gerência de Apoio à Produção Orgânica (Geapo) do Idam, Ezequiel Assunção. “Essas colônias serão, sem dúvida, uma fonte de renda adicional para o produtor, complementando a produção agrícola deles com a comercialização de mel e própolis”, destacou o técnico.
Também foi firmado um acordo entre o Idam e o proprietário da Fazenda Ebenézer, voltado à comercialização de ‘colônias filhas’ a outros agricultores familiares locais com valor acessível. O intuito da tratativa foi garantir meios de fomentar a produção de mel no município, que tem despontado no setor por meio da UD de Meliponicultura.
A UD está inserida no Projeto Prioritário de Agroecologia e Produção Orgânica do Idam em Rio Preto da Eva, cujo objetivo é oferecer serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) aos trabalhadores atuantes na cultura do mel e, dessa forma, fortalecer a meliponicultura do estado.
Agroecologia
Conforme o gerente da Geapo, Mario Ono, a criação de abelhas nativas sem ferrão é uma atividade que se integra de forma natural à atividade agroecológica, por isso a inserção da cultura no Projeto Prioritário de Agroecologia e Produção Orgânica.
“A meliponicultura, quando desenvolvida de forma apropriada, é uma atividade de base agroecológica. Os benefícios incluem não apenas a produção de mel e própolis, como também o desenvolvimento de uma atividade rentável que promove a conservação ambiental e também a polinização de plantas frutíferas”, concluiu Ono.