A falta de lideranças e a morte por inanição dos partidos políticos




No Brasil sofremos por falta de lideranças políticas. As razões são diversas, contudo, é importante salientar que os partidos políticos tem o dever de catalisar estes talentos e comprometê-los cada vez mais com as questões sociais.

NO PASSADO as Escolas e Universidades, os Sindicatos, os Movimentos Sociais, as Igrejas, entre outros segmentos eram os campos formadores destes atores amparados em suas práticas políticas. ATUALMENTE estes campos têm sido cada vez mais restritos as corporações empresariais, Igrejas e as oligarquias familiares criando um tipo de liderança ajustadas aos interesses privados empresariais e familiares ou ideológicos das bancadas evangélicas.

A GRAVIDADE DA MATÉRIA é que os líderes emergentes pelo seu ativismo ideológico e por interesses privados às vezes afrontam a Constituição e as leis e, desta forma, fragilizam as instituições democráticas com pretensão de se firmarem neste universo político pelo ativismo negativo buscando uma identidade com o eleitorado conservador e reacionário embotados por princípios morais religiosos contrários a cultura política republicana.

DE TODA FORMA, estas lideranças valendo-se “das células” das Igrejas, sobretudo, de ideologias neopentecostais crescem no Brasil aparelhando o Estado e os Governos para fins de suas convicções e assim se apropriarem dos partidos políticos para realização de seus pleitos eleitorais.

NÃO HAVENDO NENHUMA ILEGALIDADE quanto à prática democrática, contudo, é importante que se diga que perdemos e muito quanto aos valores republicanos assentados na ética da responsabilidade como bem se encontra lavrado em nossa Constituição Federal.

NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES para vereadores veremos o quanto à ausência destas lideranças populares fazem-se ausentes, comprometendo diretamente os partidos político, que possivelmente, nos termos da nova lei, sem as alianças partidárias, como era de costume, não conseguirão computar o quociente eleitoral ficando de fora da composição das bancadas das câmaras municipais dos mais de 5 mil municípios brasileiros. Sem lideranças populares, sem voto e sem representação nos parlamentos os partidos políticos estarão reduzidos às baratas, mortos por inanição.

Ademir Ramos
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